Fiquei um tempinho maior do que o pretendido sem postar, mas foi tanta coisa ao mesmo tempo, admito que acabei até esquecendo de vir aqui. Hoje, felizmente, estou conseguindo uma brechinha para dar notícias.
E vou escrever muito, conto com a sua paciência, está bem?Estou na luta, como sempre. Mas, preciso admitir algo: nunca foi tão difícil como tem sido. Não sou essa bacalhoada toda, como às vezes parece.
Recebo sempre muitos elogios, palavras de incentivo, muito carinho de vocês e como isso me faz bem! Muitas menções à forma leve como conduzo as coisas, como não me culpo tanto por falhar, como não me angustio excessivamente pelo ontem.
Mas, por favor, não me tenham como tão sensacional, a leveza nem sempre é tanta assim. Há dias em que, sim, me angustio um bocado, fico P da vida comigo mesma, avalio e reavalio certas situações e busco a compreensão do que me levou a isso ou aquilo, especialmente quando saio do programado.
O ontem já foi, eu tenho hoje e amanhã, depois e depois para fazer acontecer. O ontem passou, mas não é esquecido.
Apenas, não fico me açoitando eternamente, o que me tiraria energia e foco para agir hoje, agora. Fica tudo como lição aprendida, reaprendida, reestudada. Aulinha de recuperação.
Não arrasto correntes, de jeito nenhum. Mas encaro, assumo o erro, procurando entendê-lo, quando dá. Procuro saber se foi um ‘dane-se, hoje eu quero assim’ ou algo que me traz uma oportunidade de aprimoramento, de maior atenção etc.
Não sou chegada a neuras, e se este processo tivesse que me desarrumar em vez de me proporcionar benefícios, aí não teria abraçado-o como fiz em 2003.
Lá se vão 10 anos e me orgulho, sim, por me manter há tanto tempo atenta a mim mesma, buscando segurar o que ainda não escoou pelo ralo e resgatar o que se foi, mas é meu e eu quero de novo e pra sempre.
Mas, é preciso admitir: nunca foi tão difícil, nunca foi tão inglório.
Se eu jamais chutei o balde completamente nesse período todo, e engordei tanto, aumentei vários manequins, imagino o que teria acontecido se tivesse jogado tudo pro alto de verdade. Nem sei!
Mas, nem quero saber mesmo, afinal, eu quero olhar para onde quero chegar, quero olhar para onde me leva ao que quero chegar.
Não, não estou desanimada, nem um pouco. Apenas, conversando aqui sobre algo que sinto. Não é desânimo, é um pouco de inconformismo por não me considerar merecedora dessa relutância tão grande do meu corpo em corresponder aos meus esforços.
Se não tenho sido merecedora de sucesso total, se não fiz por merecer ainda recuperar o que conquistei em 2006, ao menos tenho certeza absoluta de que não mereço também o estrago que se fez.
Fingir que isso não me incomoda é bobagem, vou esconder isso de quem? De mim? De quem me acompanha? Bobagem. O blog existe justamente para isso, para compartilhar as experiências, os aprendizados, os sucessos, as derrapadas etc.
Trocando idéias, nos apoiando mutuamente, tudo fica melhor. Como digo sempre, de mãos dadas a gente anda melhor.
Continuo na Academia, claro! Mas, tive que faltar algumas aulas. No outro post comentei que estava com algumas dores musculares, não foi? Pois elas pioraram e muito, tive que ficar uns dias sem me exercitar, porque o bicho pegou, precisei até tomar relaxante muscular e anti-inflamatório. Tudo indica que foi por excesso, eu sou abusada mesmo. Em pouco tempo, já estava fazendo aulas demais, me achando né? kkkkk
Então, isso se chama euforia mental. A mente estava pedindo mais e mais, eu feliz da vida mandando ver, mas o corpo não estava preparado para tanto abuso, ainda. Era para ser gradativo, mas eu já saí metendo bronca! kkk Então, ele doeu e doeu muito.
Quando voltei às aulas, depois de uma semana sem exercícios, já peguei mais leve, com mais juízo.
Mas aí, outra encrenca: o meu marido caiu de cama, com dengue. Uma dengue bem agressiva, que o deixou bem abatido, com as taxas baixas, preocupantes.
Aqui, um alerta: Não dêem mole! Todo cuidado é pouco. Dengue mata, ou, no mínimo, maltrata muito.
Cheguei a deixar de trabalhar alguns dias, para ficar cuidando dele, medindo temperatura, dando remédio quando a febre subia, garantindo que se hidratasse corretamente, se alimentasse etc. Foi uma barra, mas graças a Deus ele se recuperou.
Ele ainda não está 100% bem, mas falta pouco. Voltou ao trabalho na sexta-feira passada, dia do seu aniversário, só não pode extrapolar ainda, pois se cansa.
Então, hoje eu volto para a academia, com tudo. Mas com respeito ao meu corpo, podem deixar.
Fui na nutricionista que comenti no outro post e adorei. Ela segue uma linha bem diferente do que se costuma ouvir aqui e ali, muito mais voltada à nutrição adequada do que a emagrecimento, isso e aquilo. Tudo é consequência de garantirmos alimentação correta às nossas células, para que elas façam seus papéis, direitinho.
E é nisso que consiste a orientação nutricional que ela me passou, depois de mais de 2 horas de uma consulta absolutamente deliciosa, altamente instrutiva, até surpreendente em alguns momentos.
Como a gente acha que sabe tanto e descobre, de repente, que sabe tão pouco! 🙂
Estou seguindo as orientações, não está sendo tão fácil assim, pois por 2 meses ela realmente me restringiu bastante, mas com argumentos bem convincentes e bem fundamentados. Depois, vamos abrir aos poucos.
Mas não há nenhuma loucura, não há nenhum imediatismo. Há uma desintoxicação, uma redução significativa de industrializados, uma alimentação mais natural. Mais comida e menos comestíveis. Sabem a diferença? Estou ainda estou aprendendo. Num outro post falarei um pouco mais sobre isso, naturalmente tentando expressar o que estou assimilando.
Foi duro chegar lá e, apesar de estar tão mais focada etc. o meu peso estar acima da pesagem anterior. Essas injustiças da balança incomodam, não pensem que sou superior a isso! kkk
Conta o fato de eu ter me pesado vestida, já à noite, com todas as referências diferentes. Mas que é chato, é. Afinal, algumas roupas caindo melhor no corpo, alguns sinais discretos de evolução e nem um agradinho da balança?
Mas a nutri não mostrou qualquer preocupação maior com isso, dizendo que isso é algo que não precisa nos abalar agora. Ela me pesou para ter uma referência para o início do nosso trabalho. Quer muito mais do que ver um número menor na balança.
Quer me ajudar a limpar meu organismo de tantas coisas que o fazem não trabalhar direito, quer que eu funcione corretamente e é o combustível que boto pra dentro, a comida, que vai fazer com que muitas coisas se reorganizem.
Acredito nisso e estou fazendo a minha parte. Mas, dei uma derrapada federal neste fim de semana, sei lá porque. Ah, porque fui sem-vergonha mesmo. Mas, foi ontem (e anteontem…rs), hoje é outro dia e já está tudo de novo nos eixos.
A própria nutricionista ressaltou que não é para ser infeliz. Que às vezes vale mais à pena sair do script e ir ali na esquina tomar um chopp, comer um doce, fazer algo assim, do que não fazer e ficar com a sensação de privação, que não ajuda em nada.
Acredito nisso também, sei que é bem por aí.
Então, gente boa, vou em frente. Tentando superar a chateação de não ver, ainda, algo mais expressivo acontecendo DO LADO DE FORA, procuro dar valor especial ao que estou promovendo DO LADO DE DENTRO que, sim, uma hora vai refletir por fora.
Como numa reforma bem feita, em que a gente não sai simplesmente pintando a casa, trocando os móveis etc., mas esquece de tratar do que vai por dentro: a estrutura da casa, a parte elétrica, os encanamentos etc. que se não forem adequadamente tratados, farão com que tudo se desfaça logo.
Então, é com este espírito que eu sigo. Me sinto apoiada por uma profissional muito bacana, estou trabalhando, de coração, para assimilar algumas inovações no meu dia-a-dia alimentar.
Seguindo por uma linha bem diferente da que eu vinha por 10 anos, mas consciente de que, realmente, ela não vinha mais dando certo pra mim. Como eu mesma sabia, quando fui buscar ajuda, sou diferente hoje do que era há 10 anos. Passo por outra fase, meu organismo é outro, a cabeça, enfim… era hora de mudar o caminho.
Sendo assim, nada mais lógico do que seguir a orientação e ver no que dá. Com paciência, sim. Mas, até ela andou rareando por aqui.
Só que não adianta. Sem paciência, não há a boa vontade necessária, não há o bom senso essencial, não há a serenidade mínima requerida para ir adiante do jeito certo. Então, sem paciência não rola. Vou aqui retrabalhando isso.
Desejo que todos estejam bem e seguindo em frente. Estou torcendo! Beijo!